O artista visual Alberto Boni está no Festival Vórtice, em São Paulo, com a obra “Meninos”. Um mosaico de 25 imagens que mergulha em memórias afetivas

O artista visual Alberto Boni está no Festival Vórtice, em São Paulo, com a obra “Meninos”. Um mosaico de 25 imagens que mergulha em memórias afetivas

​​A​té o dia 29 de junho, Boni exibe sua nova fase no principal festival de arte erótica e dissidente do país, que reúne mais de 120 artistas do Brasil e do mundo para discutir sexualidade, corpos e liberdade.
 
“Sempre tentei entender minha própria sexualidade. Cresci me escondendo, e hoje meu trabalho é uma forma de me mostrar, de existir sem culpa. É sobre desejo, mas também sobre aceitação e pertencimento”, conta o artista.
 
Fragmentos de desejo, pedaços de si.
 
“Meninos” nasceu de rabiscos despretensiosos no ateliê. Desenhos feitos sem grandes pretensões, mas que, reunidos, se transformaram num retrato intenso e sincero da busca por prazer, afeto e presença.
 
“No início, nem sabia se aquilo era arte. Era só uma necessidade de colocar no papel o que eu sentia. Aos poucos, percebi que esses corpos sem rosto, meio avatarizados, falavam não só de mim, mas de muitos outros que compartilham desse mesmo desejo.”
 
Ao transferir os desenhos para a madeira​, matéria orgânica, pesada e imperfeita — Boni transforma o efêmero do digital em algo palpável. Uma escolha que traz peso, textura e presença para algo que, muitas vezes, vive no campo do fugaz.
 
“A madeira me obriga a sentir. A parar, tocar, estar. Me cansei da fluidez do digital. Precisava de algo mais real, mais tátil”, explica.
 
Entre cor​ e desejo 
 
As cores vibrantes — rosa-choque, turquesa, laranja — são quase um grito. Chamam, seduzem, mas também desconcertam. Os corpos ganham outra dimensão, viram símbolos, fantasias, delírios.
 
“Gosto do excesso, da intensidade. O desejo nem sempre vem limpo, às vezes vem cheio de culpa, medo e vergonha. E eu quero colocar tudo isso na parede. Quero que as pessoas se sintam provocadas, mas também acolhidas.”
 
Sobre Alberto Boni
 
Paulistano, 42 anos, formado pela ECA-USP, Alberto Boni largou uma carreira na tecnologia para se dedicar totalmente à arte em 2023. Sua produção tem foco no corpo masculino e atravessa temas como fetiche, desejo, identidade e memória afetiva. Suas obras são conhecidas pela estética vibrante e pela força emocional.
 
Sobre o Festival Vórtice
 
Criado em 2022, o Festival Vórtice se consolidou como uma das maiores plataformas de arte erótica e dissidente do Brasil. O evento reúne artistas que exploram a sexualidade, os corpos e a liberdade criativa em todas as suas formas. Já passaram pelo festival nomes como Hudinilson Jr., Darcy Penteado, Charles Cunha e Bella Tozini.  

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